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SOBRADINHO 64 ANOS

  • Foto do escritor: Edmar Gomes
    Edmar Gomes
  • 8 de ago. de 2024
  • 6 min de leitura

Uma nova Quadra 8?

Uma notícia relevante chegou a Sobradinho, neste maio de 2024, quando a cidade comemora seu 64º aniversário. Trata-se d Praça a proposta de requalificação do Setor Comercial da Quadra 8 e dadas Artes Teodoro Freire – o centro histórico da cidade. O projeto foi elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh).

A proposta foi apresentada virtualmente à população, através de consulta pública online e 97,2% dos participantes se mostraram favoráveis a ela. O ponto negativo do processo é que apenas 323 pessoas responderam ao questionário, fechado no dia 27 de abril.

Há tempos a Cidade Serrana ou a Cidade-Arte está esperando uma novidade para o seu centro histórico, palco de feiras e do pioneirismo  comercial, que se tornou um grande shopping horizontal, mas que, há muito, precisa de revitalização

Sobradinho chegou aos 64 anos, neste 13 de maio -- Dia de Nossa Senhora do Rosário de Fátima -- como uma bela senhora que luta para manter seus encantos, à medida que o tempo passa e o adensamento urbano vai tomando conta de seu entorno.

A cidade, apesar de planejada, não conseguiu resistir à especulação imobiliária, que viu nas suas belas paisagens oportunidade para encher os bolsos de empreendedores, que venderam até áreas que não eram suas. Por outro lado, a população cresce e as pessoas precisam de morada.

 Daí, vem a enorme quantidade de condomínios, onde o m² dos terrenos alcança preços astronômicos, impulsionados pela fama de cidade tranquila e aconchegante, conquistada pela plasticidade de sua paisagem e pelos encantos de sua geografia e de sua gente.

Hoje, Sobradinho é um paraíso entre o trânsito bruto da BR 020 e a ocupação dos seus arredores, por uma classe média altiva e em ascensão que constrói residências de alto padrão, muito diferente da realidade dos operários pioneiros que a ocuparam a partir de 1960. A cidade, hoje, é seletiva e seus moradores têm alto poder aquisitivo.

Novas regiões administrativas surgiram ao seu derredor. Estas voltadas a acomodações políticas diversas. Edifícios de muitos andares vão margear a subida da BR 020, contribuindo para mudar a paisagem bucólica, de aspecto rural, para uma rotina urbana, que vem alterando o caráter de sossego da cidade.

Se os condomínios horizontais são empreendimentos particulares, que se autogerem muito bem, a cidade tradicional, cá embaixo, está cada vez mais resiliente e até humilhada, em comparação com estes bairros chiques que a circundam. Ainda assim, as demandas são enormes nas quatro direções, e vão aumentar: água, asfalto, segurança, saúde, educação, racionalidade no trânsito, etc.  (Fotos: Agência Brasília)

(José Edmar Gomes -Jornalista 417/DF)

 

SOBRADINHO 64 ANOS  II

Ajardinamento, iluminação e limpeza

Mas a cidade tradicional, do alto do seu pioneirismo, ainda clama por serviços públicos de qualidade que complementem e mantenham sua infraestrutura e originalidade. Sobradinho merece uma coleta lixo decente, limpeza rigorosa, ajardinamento das faixas verdes e despoluição do seu ribeirão.

A população explicitou, muito claramente, estas carências, com relação à Quadra 8, nas respostas à consulta pública da Seduh, que tiveram os seguintes percentuais: melhoria das calçadas com pavimentação acessível (85,4%); mais postes de iluminação pública (81,4%); sistema de segurança (79,6%); bancos e lixeiras (75,2%); estrutura cicloviária (67,5%). 

Mas, além da Quadra 8, toda a cidade clama por serviços públicos  eficazes, cuja execução tenha um padrão de qualidade e possa ser fiscalizada. Outro fator a ser considerado deve ser o cumprimento de um plano de obras, a cada administração, independentemente da mudança de administradores.

Para que não ocorra situações como a de um administrador que fez uma lista de obras e serviços que deveriam ser executados na sua gestão. Foi exonerado antes de poder conclui-la. Mas vangloria-se de ter implantado nova iluminação na Quadra 8.

Mas muita gente se pergunta: Que iluminação? Não dá para diferenciar o antes e o depois da obra. Parece que apenas trocaram as lâmpadas antigas por outras modernas. As pessoas se queixam de que a parte comercial da quadra ainda pareça mal-iluminada; como de resto, toda a cidade. 

Há algum tempo, a roçagem dos gramados é feita por aquele tratorzinho, muito bom e rápido; mas este veículo só faz o grosso do serviço, em locais planos e sem empecilhos. O acabamento, no entanto, fica para depois e, quando vem, muitos dias ou semanas depois, já tá na hora de roçar outra vez.

E o pior é que os operadores das enxadas motorizadas, que fazem o tal acabamento, não fazem o corte como devia, bem rente ao chão. Em poucos dias, parece que o serviço não foi feito; principalmente na época chuvosa, quando a grama cresce rapidamente.

(José Edmar Gomes -Jornalista 417/DF)

 

 

SOBRADINHO 64 ANOS  III

Invasões na mata ciliar

Mas o grande mal que vai tomando conta de Sobradinho tradicional são as invasões que, há anos, vêm ocupando a orla do Ribeirão. Antigamente, os invasores estabeleciam-se na região da Sodeso: uns tantos no meio da mata; outros, debaixo da ponte.  De uns cinco anos para cá, eles apoitaram, principalmente, a partir da Associação dos Carroceiros, que, por si só, já é uma favela de muito mau gosto.

 Dali em diante, em direção à Quadra 3/1, a coisa fica feia. Em frente ao retorno da 5/3 já existe uma favela com diversos barracos, penetrando mata a dentro.

Na curva da Quadra 1, na minha querida “Geladeira” -- onde tomei banho e pesquei, nos anos 70 -- o balneário está dando lugar a outra favela, com direito a carros estacionados, barulho de TV e varal de roupas multicoloridas.

Ali, o governo e a Terracap também fizeram sua parte: canalizaram o esgoto de Sobradinho II e do Grande Colorado para o local, construindo grandes galerias para levar os dejetos à ETA da Quadra 01. Só que as obras destruíram o balneário onde, nos anos 60, 70, 80, a garotada podia tomar um banho saudável. Mas, agora, a área foi assoreada e a favelização da assusta.

As alterações na área da “Geladeira”, a princípio, parecem configurar crime ambiental e, se se confirmar esta possibilidade, alguém tem que responder por isso .

(José Edmar Gomes -Jornalista 417/DF)

 

SOBRADINHO 64 ANOS IV

Rosas para Nossa Senhora

É inacreditável que a AR de Sobradinho não tenha um sistema de limpeza/arborização/ajardinamento próprio. Imaginem quão linda Sobradinho seria, com suas faixas verdes ajardinadas, livres de entulhos e desníveis, recebendo o devido valor dos moradores?

Assim como com todas as calçadas devidamente recuperadas...

Seria um grande privilégio caminhar pelas nossas ruas, logradouros, avenidas e contemplar a arte de Toninho de Souza e seus amigos pintores que complementam nossa beleza plástico-ecológica com suas obras de arte nas paradas de ônibus ...

Além disso, não devemos nos esquecer das estradas dos núcleos rurais e dos esqueletos de construção abandonados que, há anos, assustam a cidade, como aquele entre o Alvimar Hotel e a Feira Modelo.

É o fim da picada, também, que a principal Praça da Cidade fique entregue aos moradores de rua, quando alguma entidade cultural não consegue verba para ocupá-la com projetos/shows.

A Praça das Artes Teodoro Freire, a antiga e querida Praça Santos Dumont, não tem sanitários em funcionamento, o piso é uma armadilha para crianças e idosos, os canteiros têm péssimo aspecto e não há sequer uma roseira plantada, em homenagem a Nossa Senhora de Fátima.

A Praça, apesar de tudo, tem atraído muita gente com os shows e eventos culturais que lá ocorrem, além dos esforços do gerente Cleiton e dos comerciantes do shopping Dahriah Center.

A população esperava que a Sessão Solene da CLDF, na noite de 22 de maio passado, no Teatro de Sobradinho, respondesse às demandas colocadas pela população, na sessão do ano passado e, sobretudo, explicasse o papel do administrador regional, para que ninguém o crucifique injustamente.

Mas, nada ocorreu ali, em matéria de prestação de contas ou a respeito das principais demandas da comunidade, infelizmente.  

Então, só nos resta plantarmos uma roseira em honra a Nossa Senhora de Fátima, na Praça das Artes. Ela é nossa padroeira e pode ajudar na reconstrução da Quadra e da Praça, assim como na manutenção da cidade inteira, fazendo com que os obstáculos burocráticos sejam superados.

Aliás, com tanto espaço propício ao ajardinamento, Sobradinho poderia ser, também, a Cidade das Rosas, das flores, dos belos jardins, das frutas...

(José Edmar Gomes -Jornalista 417/DF)

 

    

 
 
 

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