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ARTE NA PRAÇA III Show de Alberto Salgado traz musicalidade incomum à Praça das Artes

  • Jose Edmar Gomes Texto e fotos
  • 26 de dez. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 21 de out. de 2022


O músico; sua esposa, Carol Senna, e o baterista Ítalo Moraes no palco da Praça das Artes

A música de Alberto Salgado é diferenciada. Ela universaliza os ritmos brasileiros e conquista quem a ouve pela identificação referencial e qualidade sonora.

O show de Salgado é, também, um leve transe sonoro e uma audição poética que clama por justiça.

E ele não precisa de nenhuma parafernália para produzir um som contagiante, que entra na alma e convida à brincadeira, à festa, à contradança.

Salgado contou com a bateria de Ítalo Moraes e com o ritmo de sua esposa, Carol Senna, para produzir a alquimia sonora que conquistou ouvidos de quem estava na Praça das Artes.

O show, do sábado, 21 de dezembro foi um presente sonoro: a música integrou-se à natureza e aos corações, encantando o ambiente inteiro.

O show foi mesclado por registros dos seus dois CDs e começou com Uma jangada em pleno mar (dele com Climério Ferreira), cujos versos são uma provocação política explícita (Uma jangada em pleno mar/À mercê de ondas colossais/é Assim que meu peito está/Diante das injustiças sociais).

Do meio da festa em diante, o público aplaudia e interagia. Alguns casais, provocados pela energia do xaxado, começaram a dançar em frente ao palco. O público pediu mais e a festa continuou, cada vez mais participativa.

Salgado disse que ficou feliz com a inclusão da letra da música Cabaça d'Água (Se agora no mundo acabasse a água de beber/ E no fundo de um copo restasse sede de viver/Que que cê ia fazer, camarada?), numa das provas do PAS da UnB e que, na sua juventude, trabalhou na Banca da dona Maria, na rodoviária de Sobradinho.

Entendi a revelação como uma homenagem à imprensa, cujos jornalões já não têm o peso de antes: a internet veio para explicar, mas também confunde.

O show terminou sob aplausos e com o público pedindo mais. Mas salgado preferiu ir direto ao assunto e destacou a seguinte manchete:

-Quem matou Mariele?

Autossustentável

Alberto Salgado (c): O Projeto Arte na Praça é autossustentável culturalmente

Após o show, em meio à tietagem geral, Salgado observou ao Folha da Serra que o Projeto Arte na Praça tem uma importância maior do que parece. Para ele, o projeto é culturalmente autossustentável.

“É um projeto feito por pessoas da comunidade, para as pessoas da comunidade, com artistas da comunidade. Ou seja, gera trabalho e renda para a mão de obra artística da cidade”, advertiu.

O músico, que atualmente produz o CD da cantora Cissa Paz, em Washington DC e viaja com frequência aos EUA, também louva a oportunidade que o projeto lhe dá de se apresentar em sua terra, já que ele nasceu em Sobradinho.

Em junho de 2018, Salgado participou do lançamento do álbum Canções de Amor Caiçara, no Teatro Sesc de Santos, juntamente com Chico Buarque, Zeca Baleiro e Carlos Careqa.

Ele também destaca a importância de a letra da música Cabaça d’água ter entrado numa das provas do PAS da UnB, o que lhe valeu convites para palestras e o aumento de 12 mil acessos de jovens a suas redes sociais, abordando o assunto.

Alberto Salgado, por outro lado, lamenta que a cultura do DF tenha chegado a uma situação crítica, a ponto de o secretário ser demitido.

O artista reconhece, porém, os esforços do ex-deputado Ricardo Vale e do maestro Alex Paz, “que lutaram com unhas dentes para fazer com que esta terceira fase do Projeto Arte na Praça se concretizasse”.

O público aprecia o show com interesse e respeito

 
 
 

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