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50 ANOS DE ARTE

  • José Edmar Gomes
  • 26 de dez. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 21 de out. de 2022


O artista plástico internacional, Toninho de Souza, comemorou, em 2019, ciquenta anos de atividade e mostrou sua trajetória na exposição Meio Século de Arte Brasileira”, na Galeria de Arte do Templo da Boa Vontade, durante os meses de junho/julho.

A mostra também ocupou a Galeria Van Gogh, em agosto, com pinturas, esculturas, objetos, instalações e arte digital produzidas pelo artista, de 1969 até hoje.Nesta quinta feira, 26 de dezembro, ele inaugura no Teatro de Sobradinho, a Segunda Bienal de Arte Urbana de Sobradinho.

O baiano, Toninho de Souza, iniciou sua trajetória artística, em 1969, numa coletiva, no Ginásio de Sobradinho (CEM 01).

Naquela época, o jovem artista valia-se de técnicas aleatórias com nanquim, lápis de cor e tinta guache sobre cartão. Sua primeira obra foi concebida em 1970.

O meio século de arte de Toninho de Souza, também, foi homenageado pelo CEM, com um mural em alto relevo, na entrada da escola onde o artista estudou, em 68/69. O trabalho tem um sentido ecológico e é ilustrado pelas araras, tucanos e melancias, que tornaram Toninho famoso, no mundo todo.

O Artista, que é idealizador do Projeto Paradas, e realizador da Primeira Bienal de Arte Urbana de Sobradinho, em2017, diz que aceita a proposta do administrador Regional de Sobradinho, Dr. Eufrásio Pereira, para retomar o Projeto Paradas. Toninho já havia conversado sobre o Paradas como o Folha da Serra. Veja o que ele disse, há mais de três anos:

Por que um projeto da amplitude do Paradas foi interrompido?

- Pessoas e empresas começaram a colar cartazes em cima das obras. Um artista terminava de pintar um painel hoje e amanhã já estava danificado. Muitas pessoas não respeitam a arte.

Mas, durante um bom tempo, as obras permaneceram intactas...

-O que ocorreu, neste período, em que obras ficaram intactas, foi que o poder público foi atrás das empresas e pessoas que sujavam as obras e as obrigou a limpar a sujeira, sob pena de multa que doeria no bolso. Isso permitiu que os murais do Projeto Paradas, que eram obras- primas, ficassem intactos, durante dois anos.

Depois veio um período em que faltou fiscalização. Quando um cartaz, com nome e endereço de uma empresa, cobre uma obra de arte, o poder público tem que agir pois a lei veda a colocação de cartaz em áreas públicas. Essas empresas teriam, no mínimo, que ser notificadas.

A pichação tem alguma coisa a ver com isso?

- O pichador, por mais que ele piche a cidade, ele respeita a obra de arte. A questão do Paradas foram as empresas, inclusive algumas de Sobradinho, que não respeitaram as obras de arte que, se tivessem seu valor convertido em multa, tais empresas não conseguiriam pagá-las.

Mas a interrupção do Projeto Paradas não se deu por orientação política, que decidiu privilegiar o grafite?

- Às vezes, pessoas despreparadas assumem o poder público e resolvem seguir o modismo, sem se preocupar com a memória cultural. O grafite tem espaço no mundo inteiro, mas não é a única forma de arte. É apenas um segmento da arte urbana. O poder público, quando se preocupa com as artes visuais, deve contemplar todo o mundo, desde o primitivo, tradicional, ao contemporâneo.

Mas o fato é que o Paradas acabou. O senhor, como seu idealizador e mentor, pretende retomá-lo?

- Não exatamente, porque tive uma nova ideia. Já apresentei um novo projeto à administradora regional, Jane Klébia, que absorveu a minha ideia. Eu sou precursor da arte urbana no DF. Desde os anos 1980, juntamente com o grupo Os Coloristas, que faço grandes intervenções em tapumes de obras, que você, inclusive, registrou em reportagens no Folha da Serra. Então, Toninho de Souza faz arte na rua há quase quatro décadas.

E depois da fase dos tapumes?

- O Projeto Paradas foi o passo seguinte, que foi desenvolvido por mim e mais sete artistas. A partir daí, Sobradinho passou a ter destaque nacional. Foi matéria até do Fantástico, para você ter uma ideia da importância do deste projeto.

 
 
 

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