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OSC EM ASCENSÃO - Artise sobe de posição e realiza grandes eventos no DF

  • Foto do escritor: Edmar Gomes
    Edmar Gomes
  • 24 de nov. de 2020
  • 6 min de leitura

A Artise, entidade de promoção cultural, criada, há 14 anos, pelo maestro Alex Paz, transcendeu as fronteiras de Sobradinho e vem realizando grandes eventos em todo o DF, após especializar-se em parcerias com o poder público.

Até então, sua maior realização era o Projeto Arte na Praça - que teve a segunda edição interrompida, em março de 2020, devido à pandemia – além de shows musicais e produções de CDs.

A partir do final de 2019, no entanto, a entidade iniciou um processo de renovação, considerando as disposições da Lei 13. 019, de 31 de julho de 2014, Lei do MROSC (Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil), que regula as parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil e, a partir daí, com a mudança do estatuto, especializou-se em tais parcerias.

Antes, porém, a entidade, montou uma estrutura de contabilidade robusta; contratou um escritório de advocacia, responsável pelas análises dos contratos, e dois gestores de cultura, dedicados à gestão administrativa e financeira.

“Escolhemos um corpo administrativo mais robusto, que nos permite desenvolver e executar qualquer tipo de projeto. Atualmente, podemos firmar parcerias com qualquer secretaria de Estado, seja no âmbito do GDF ou do governo federal”, afirma Dorival Gomes Brandão Neto, ex-subsecretário de Cultura do DF e um dos dois gestores de Cultura que passaram a integrar a Artise.

O resultado de tais mudanças é que a entidade subiu de posição no mercado e passou a produzir grandes eventos, como a Festa da Goiaba, em Brazlândia e o Circuito Drive In nas Cidades, eventos com grandes orçamentos e com alto nível de complexidade.

“Confesso que fiquei preocupado, no início, devido à pandemia, mas a nova estrutura funcionou muito bem. Descobrimos uma nova forma de trabalhar e de produzir cultura”, declara o maestro Alex Paz, fundador da entidade.

Segundo Alex, a equipe teve que montar projetos rapidamente, como o do cine drive, que está agradando a todo mundo, inclusive, ao secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, que afirmou, em Santa Maria, que a Artise é uma organização transparente no trato do dinheiro público.

O artista plástico Tom Mello testemunha que tem visto uma evolução consistente na entidade e que o público tem comparecido em massa aos eventos, devido à qualidade e à organização oferecidas.

“Lotamos nove sessões na festa da Praça das Crianças, em Santa Maria”, no dia 12 de outubro”, alegra-se o gestor de Cultura, Dorival Brandão. É ele quem responde às perguntas da entrevista a seguir, concedida ao jornalista José Edmar Gomes, na noite de 13 de outubro.


José Edmar Gomes - Que fatores contribuíram para que a Artise desse esse salto de qualidade e se posicionasse com uma entidade de ponta no meio cultural e no mercado de eventos?

Dorival Gomes Brandão Neto – A Artise já apresentava estrutura muito robusta e um corpo de associados importante, representando muito bem a diversidade cultural nos segmentos musical, de artes plásticas, de literatura, de artes plásticas, produtores, gente de cinema e de toda a cadeia produtiva da cultura. Com esta estrutura e o referencial dos projetos já realizados, fomos ao mercado buscar novas propostas e projetos. Assim, agente transcendeu as fronteiras de Sobradinho, tornando a Artise uma entidade do DF, projetada para todo o Brasil.

- Como iniciou-se a produção de grandes eventos pela Artise?

-Ano passado, fomos convidados pelo Conselho dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CODDEDE/DF)para desenvolvermos uma parceria, que valorizasse o empreendedor cultural e a participação de artistas com deficiência, para que se demonstrasse a existência de um mercado importante para essa categoria de artistas. Então, em dezembro do ano passado, na área do Museu da República, na Esplanada dos Ministérios, a Artise e o CODDEDE/DF desenvolveram um grande evento, que culminou com a apresentação do grupo Paralamas do Sucesso, para comemorar o Dia da Pessoa com Deficiência e do Empreendedor Deficiente.

- A Artise alterou seu Estatuto e até o nome da entidade. Sinais de que a visão e metas de trabalho também mudaram. Por favor, explique esse novo posicionamento?

- O processo de renovação da Artise iniciou-se com a total reformulação estatutária para atender às novas necessidades que o mercado impõe, assim como aos órgãos de controle, e à própria Lei das MROSCs (Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, regulamentado pela Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014, que trata do regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil). Esta reformulação levou, inclusive, à alteração do nome da Artise para Associação Artise de Arte, Cultura e Acessibilidade.

- A acessibilidade, hoje, é valor social importante. A nova Artise incorpora realmente este valor nas suas práticas?

- A Artise, dentro do processo de reformulação estatutária, reconhece a acessibilidade como um valor muito caro, que está definitivamente incorporado às suas práticas de atuação.

- A marca Artise foi mantida. Por que?

Mantivemos a marca Artise por tudo que Sobradinho representa na criação e fortalecimento desta entidade. Mas, mesmo se chamando Artise, a entidade hoje não trata só da cultura em Sobradinho e Entorno, mas está aberta a todo território nacional.

Qual é a natureza jurídica da Artise, hoje?

- Dentro do novo arcabouço jurídico, para firmar parcerias com o Estado, no que a Artise especializou-se, somos uma Organização da Sociedade Civil – OSC.

- Quais são as características de uma OSC?

- Uma OSC possui estatuto adaptado para atender às necessidades jurídicas e legislativas para firmar parcerias com o poder público. Hoje, trabalhamos sob a regulação do MROSC, que estabelece o regramento das parcerias entre o poder público e as organizações da sociedade civil.

- Que outras ações foram empreendidas para que a Artise alcançasse este novo posicionamento no mercado?

- Escolhemos um corpo administrativo mais robusto, que nos permite desenvolver e executar qualquer tipo de projeto. Atualmente, podemos firmar parcerias com qualquer secretaria de Estado, seja no âmbito do GDF ou do governo federal. Estamos habilitados para atender editais; investimos na melhoria dos processos administrativos, com corpo técnico próprio, e chegamos a uma melhora significativa na transparência e na comunicação, que são elementos fundamentais para continuarmos progredindo.

- Este corpo técnico é composto por quais especialidades?

- Temos uma estrutura de contabilidade também robusta; um escritório de advocacia, responsável pelas análises dos contratos e dois gestores de cultura, dedicados à gestão administrativa e financeira.

- Quais são as exigências para uma OSC firmar parcerias com o poder público?

- No caso da Artise, praticamos a transparência em todas as contas da entidade; racionalizamos e aprimoramos as nossas redes sociais e o site. Agente caminha para que a Artise seja a entidade mais transparente do DF. Todos os contratos e dotações estão publicados no site, numa aba específica de transparência. Todas as obrigações tributárias estão em dia. Temos uma rigorosa de prestação de contas, para que tenhamos excelência em todo o processo. O resultado disso é que a Artise já figura nos órgãos de controle e na própria Secretaria de Cultura como uma entidade que atende a todos os preceitos da legislação atinente.


Além do projeto para os deficientes, quais outros projetos ela já desenvolveu, nesta nova fase?

- Não posso deixar de citar o Arte na Praça, que é um projeto estruturante, de valorização dos artistas de Sobradinho, que teve de ser interrompido, devido à pandemia, mas deve voltar assim que certas formalidades forem cumpridas. O Arte na Praça é um projeto que se estende no tempo, faz uma cultura de ocupação de espaço, de calendário, o que firma o processo cultural.

A Artise já realizou também, em parceria com a Arcag (Associação Rural e Cultural Alexandre Gusmão), em Brazlândia, a 5ª Festa da Goiaba, que foi um sucesso. A primeira etapa foi presencial, em março, mas as atividades culturais foram suspensas, novamente, devido à pandemia. A Artise, no entanto, pela sua capacidade de adaptação e de articulação, conseguiu, se adaptar e transformar a Festa da Goiaba num projeto drive in, sendo pioneira nesta modalidade no governo e no país. A segunda etapa foi realizada, em agosto, com o público e os produtores dentro dos seus carros. Foi uma saída importante para gerar emprego e renda, num período de pandemia.

Na sequência, inauguramos o Circuito Cine Drive In nas Cidades, que está em andamento em sete cidades do DF, levando entretenimento de primeira qualidade no formato drive in, com obras cinematográficas, nacionais e internacionais, para todos os gostos, em especial para agregar as famílias. Este circuito vai até novembro e já passou por Santa Maria, Sobradinho, Brazlândia e São Sebastião e ainda vai a Planaltina, Recanto das Emas e Samambaia. Para o Dia das Crianças, a Artise apresentou um projeto para comemorar o 60º aniversário de Brasília, no Parque da Cidade – o Praça das Crianças – que agente foi forçado a suspender, em função da pandemia. Mas conseguimos, mais uma vez, adaptar este projeto para o formato drive in e levá-lo para Santa Maria, uma importante cidade do DF que tem acolhido os projetos da Artise, e, lá, realizamos, dia 12 de outubro, o Praça das Crianças, em parceira com o Circo Cronos, um circo histórico, com um legado de muitas décadas de arte circense no País. O público e as crianças lotaram nove sessões, o que nos deixou muito felizes.

- Quais serão as próximas realizações da Artise?

- Agente está sempre de olho no orçamento e temos buscado oportunidades, junto aos parceiros. Mas cada associado da Artise é um captador de recursos em potencial e tem projetos e propostas. Nossa entidade está à disposição para servir. Já postamos diversos ofícios a deputados distritais e federais e nos inscrevemos em vários editais. A área de captação de recursos funciona diuturnamente.

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