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Osvaldo Sá e Gisele Elvas fazem belo show, apesar das circunstâncias

  • Jose Edmar Gomes Texto e fotos
  • 10 de jul. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 21 de out. de 2022


Osvaldo Sá e Gisele Elvas superaram os problemas técnicos e fizeram um belo show

O cantor e instrumentista Osvaldo Sá e a jovem cantora Gisele Elvas, ambos de Planaltina-DF, fizeram, na noite de 15 de junho, na Praça das Artes, um show diferenciado, porém marcado por circunstâncias, que causaram certa apreensão.

A apresentação demorou a começar, pois o som teimava em falhar: uma hora, os instrumentos não encontravam o tom; outra hora os microfones engoliam as vozes.

O clima ficou tenso e Osvaldo protestou. “Somos profissionais. Se não nos derem condições de trabalho, vamos embora”.

Após uns vinte minutos, depois de muitos pedidos de desculpas e “esporros” no operador de som, começou a rolar música boa. Sá interpretava tudo que sabe e tirava toda a magia das cordas do seu violão.

O público valorizou sua performance no repertório de Sandra de Sá, Alcione... e se surpreendeu com o show do percussionista Lio, que cantou Pescador de Ilusões, do Rappa e Eu te devoro, de Djavan.

Gisele Elvas subiu os degraus do anfiteatro para ficar mais próxima do publico

GISELE - Mas a surpresa da noite, até então, estava se adaptando às condições de temperatura e pressão do ambiente. Acostumada aos palcos de barzinhos e ao calor de rodas de amigos, Gisele Elvas se apresentava pela segunda vez num palco grande e isolado do público.

Ela, que ficou meio perdida com o episódio do som, continuava insegura. Suas pernas tremiam e a falta do público a sua volta a deixava sem chão (As arquibancadas do anfiteatro e a praça de alimentação ficam distantes do palco).

Mas, aos poucos, ela foi se reequilibrando e ganhando confiança. “O infinito é um dos Deuses mais lindos”, cantou. “Temos nosso próprio tempo”, respondeu Osvaldo, incorporando o espírito da Legião. Pronto. Era tudo que o público queria e o que faltava para a festa ganhar a devida energia.

Afinal, Gisele é tão jovem... e jovem é outro papo. A partir daí, tudo seguiu bem, contando ainda com as batidas de Lio e o contrabaixo de Fabiano Melo.

O show foi além: Gisele cantou Ivete, Chico César, Belchior... atravessou o “fosso” que há entre o palco e o anfiteatro, subiu os degraus, postou-se em frente ao público, cantou muito, dançou. A plateia, encantada, a ovacionou.

“Gisele nasceu pronta. Canta com o coração. Seu canto vem da alma”, assim Osvaldo Sá define sua “pupila”, que tem apenas vinte e poucos anos.

OSVALDO SÁ - Sá, mais que um cantor, é um instrumentista respeitadíssimo e, seguindo a boa índole das famílias tradicionais de Planaltina, quase vira padre.

Mas, sua família, apesar das tradições, era diferenciada. Seu pai era luthier; sua mãe, cantora e os dois irmãs mais velhos formavam uma dupla caipira. Não teve jeito, ele começou a cantar aos 15 anos, passou pela jovem guarda, pelos Beatles e Rolling Stones...

Sá também foi um ativo participante do movimento União de Forças, que reuniu os músicos de Planaltina, em torno de certas ideias que circulavam pela Praça do Museu e do Quintal Bar, nos anos 80/90.

O grupo União de Forças chegou a vencer festivais de música no Gama; Formosa, Sobradinho e a gravar um disco em que se destacou a música Bomba fome.

O artista planaltinense, que completou 60 anos na noite anterior ao show, considera o Projeto Arte na Praça um evento importante para artistas como ele e para os mais jovens.

“Todos devem agarrar esta oportunidade e trabalhar no sentido de que o projeto continue e possa, inclusive, chegar a outras cidades, como Planaltina”, sugere.


 
 
 

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