Terceira Capital renasce das cinzas e emociona plateia na Praça das Artes
- Edmar Gomes
- 5 de abr. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 21 de out. de 2022

A Terceira Capital ensaiou apenas uma vez, mas fez um show soberbo na Praça das Artes
- Onde está a poesia, hoje? Será que ela morreu nos anos 80?
A indagação, meio perplexa, veio de Nei Santos, vocalista e fundador da banda de rock Terceira Capital, em pleno palco da Praça das Artes de Sobradinho, onde o grupo se apresentou na noite do sábado, 23 de março.
A TC defendeu, no palco, um revival dos 80, década considerada de ouro para o rock, que consagrou nomes como Cazuza, Renato Russo, Cássia Eller...
Os integrantes da banda Ney Santos (voz); Fábio Negrão (baixo); Lucas Brasil (bateria) e Luciano Lacerda (guitarra), naquela noite, estavam comemorando o retorno aos palcos, após cinco de afastamento.
Eles, que percorreram as mil e uma milhas do Distrito Federal, a partir de 1997, venceram festivais, tocaram nos mais variados eventos, decidiram fazer um pit stop, na carreira, depois que o mercado passou a consumir um produto musical, considerado, por eles, aquém do que o País já produziu.

A TC vai se apresentar na Feicotur e deve retomar a carreira interrompida há cinco anos
Nas veias - Mas o rock continuava pulsando nas veias dos quatro garotos da Terceira Capital e eles não resistiram ao convite para se reapresentarem no Projeto Arte na Praça…
“Estamos imensamente felizes esta noite. Depois de cinco anos afastados do palco, por opção própria, voltamos receber o mesmo apoio e energia da plateia, além de uma legião de amigos que vieram nos prestigiar”, declarou Ney Santos, após o show.
Segundo o líder da TC, a banda passou por um processo difícil na cidade, sem espaços para tocar. “Se não tocar, nenhuma banda se mantém viva”, explica.
Feicotur - E foi tocando, no único ensaio que fizeram antes da apresentação na Praça das Artes, que a TC recebeu novo convite para se apresentar na Feicotur – festa que sucede as comemorações do aniversário de Sobradinho, em maio.
“Os caminhos estão se abrindo, por si só, e tudo indica que voltaremos à estrada. Agente tem química. Fizemos um único ensaio, saiu tudo certo no show e a plateia aplaudiu muito”, comemora o bandleader.
Nei esclarece que a reação positiva da plateia se deu porque o repertório dos anos 80 arrepia a galera, que conhece as músicas do início ao fim. “Todo mundo canta junto e isso fortalece a pegada da banda”, explica.
No show, a Capital interpretou Legião, Capital Inicial, Paralamas do Sucesso, Cazuza, O Rappa, Djavan, Jota Quest...
Porão - O guitarrista Luciano Lacerda diz que, apesar do pouco tempo para ensaio, a receptividade da plateia deu uma injeção de ânimo para que a TC volte a trabalhar suas músicas autorais.

Ney Santos comemora sucesso do show com a plateia da Praça das Artes, no sábado seguinte.
“Ney é compositor e temos músicas próprias, com as quais já ganhamos festivais. A qualquer momento pode rolar um produção (EP/CD), por aí”, adverte o guitarrista.
Os rapazes da TC entendem que o Projeto Arte na Praça é importantíssimo para os músicos de Sobradinho. “Já toquei aqui em outros projetos e tudo era difícil. Agora, está tudo melhor e os músicos devem aproveitar”, observa Ney.
Luciano concorda e entende que, a após esta apresentação da TC, na Praça das Artes, a banda pode chegar até o palco do Porão do Rock. “O Porão é um caminho sem volta e a agente pretende chegar lá, assim que possível”, finaliza. (José Edmar Gomes/FS)
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