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Lúcia de Maria balança Praça das Artes com marchinhas do século passado

  • José Edmar Gomes/FS
  • 2 de mar. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 21 de out. de 2022


Lúcia de Maria no palco da Praça das Artes: show de resgate de marchinhas de carnaval

O carnaval em Sobradinho, este ano, começou cedo. E, justamente, na Praça das Artes, no sábado 23 de fevereiro, quando a cantora Lúcia de Maria presenteou o público com o show Esquentando os Tamborins.

O repertório, escolhido a dedo, foi composto de sambas, marchinhas e frevos, que resistem ao tempo e continuam emocionando as pessoas nos salões e nas ruas.

A cantora subiu ao palco às 20h30, ao lado de uma competente banda, composta por Simão Santos (guitarra); Iago (bateria) e Pierry (teclados).

A união do som tropical da banda e da performance brasileiríssima de Lúcia de Maria não poderia chegar a outro lugar, que não fosse a uma noite cheia de sorrisos e alegria.

Para começar a festa, em mais uma edição do Projeto Arte na Praça, Lúcia mandou logo uma saudação à mulher brasileira, na canção de Benito de Paula, Mulher Brasileira, gravada em 1975, cujos versos colocam as brasileiras em primeiro lugar: ...quem não viu/Mulher de verdade, sim senhor/Mulher brasileira é feita de amor.

Aí já se estabeleceu o clima para um show vibrante, que passou a evocar os carnavais de outrora, as grandes festas de salão e os despretensiosos blocos de rua.

E a noite foi se aquecendo com o desfile de sucessos que estão na boca do povo ou no seu inconsciente coletivo. A seleção prosseguiu, após um “esquenta”, com o samba Oba-Bafo da Onça, de autoria de Oswaldo Nunes, de 1962.

Em seguida vieram as clássicas Abre alas, Chiquinha Gonzaga, a primeira marchinha gravada, em 1899; as Pastorinhas, de Braguinha e Noel Rosa, campeã do carnaval de 1938; Bandeira branca, de 1970 (Laércio Alves e Max Nunes) e por aí foi...

O show foi aplaudido, música após música e, no final, a galera ainda pediu bis. Antes de sair correndo para se apresentar em outro show no Feitiço Mineiro, Lúcia de Maria disse que o Arte na Praça, promovido pela Associação dos Artistas de Sobradinho e Entorno – Artise, é um projeto vitorioso e Sobradinho precisa mantê-lo para o bem de sua música e de sua arte. “Sinto-me honrada em participar deste evento”, declarou.

Um público seleto acompanha o show da cantora brasiliense, na Praça das Arte, Quadra 8 de Sobradinho

Crise - “São músicas que falam de dinheiro, de falta de dinheiro, da roubalheira na política e paixões, que estão no inconsciente coletivo das pessoas...

“ O que prova que o Brasil não mudou”, reagiu a cantora quando questionada sobre o porquê de músicas da primeira metade do século passado, e até do século anterior, serem cantadas com tanta energia, até hoje.

Para Lúcia, “primeiramente”, as marchinhas, frevos e sambas daquela época são maravilhosos e, pela sua qualidade e abordagem temática, identificam-se com nossas vidas e com a situação do país, eternamente em crise”.

“Segundamente”, conforme a cantora, é que, apesar de antigas, as músicas cabem perfeitamente no contexto social e político do Brasil de hoje e de sempre, cuja crise e desmandos já se fixaram no inconsciente coletivo.

“...Onde está o dinheiro/ Onde está o dinheiro/ O gato comeu/ O gato comeu/E ninguém viu”.


 
 
 

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