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ARTE NA PRAÇA2 Jean faz show-baile na Praça em plena noite chuvosa

  • Jose Edmar Gomes Texto e fotos
  • 14 de dez. de 2018
  • 4 min de leitura

Atualizado: 21 de out. de 2022


Jean Pereira e sua banda fizeram da noite chuvosa um verdadeiro baile na Praça das Artes

-A chuva é apenas um detalhe desta noite (que não é diferente das outras)!- exclamou o cantor Jean Pereira, ao assumir o microfone do palco do Projeto Arte na Praça, no sábado, 8 de dezembro, para apresentar seu show, que surpreendeu pela diversificação musical e pela qualidade dos músicos.

A chuva, que tinha dado alguma trégua durante o dia, resolveu recrudescer na hora do show (20h30) e a noite, que parecia cinzenta, acabou se tornando num animado baile, que levantou a galera que acompanhava o espetáculo de dentro das barracas da praça da alimentação.

O repertório que ia do sertanejo tradicional ao rock; dos anos 60 ao axé, realmente empolgou o público, que foi crescendo durante o show, e começou a cantar, mandando energia para o palco e recebendo mais energia de volta.

Cícero(d) e sua assistente serviam saborosos petiscos que ajudaram a esquentar a noite

Assim, a noite prosseguiu com Jean Pereira e sua banda interpretando, músicas de Raul Seixas, Jorge Vercílio, muito axé, sucessos da Christian & Ralf, rock de Renato Russo, Capital Inicial, Alceu Valença e Caetano, entre outras feras.

Vietnã - Em dois momentos, no entanto, notou-se certo impacto na plateia. O primeira foi ao ouvir os primeiros acordes de Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones.

Muita gente se lembrou da canção gravada, já no longíncuo ano de 1967, pelo grupo paulista Os Incríveis; pelos Engenheiros do Hawai, em 1990 e, posteriormente; pelo KLB.

A música, conta a história de um jovem guitarrista americano, que foi forçado a ir pra guerra do Vietnã, e perdeu toda a juventude entre rajadas de metralhadoras e os horrores de uma guerra burra, como são todas as guerras.

Ele ganhou apenas duas medalhas, mas viu seus amigos morrerem até que, ele próprio, morreu também.

O clássico do rock é de autoria dos italianos Franco Migliacci e Gianni Morandi, por quem foi gravado originalmente, 1966, sob o título de C’era um ragazzo Che come me amava i Beatles e i Rolling Stones. A versão brasileira foi feita por Brancato Junior, que era empresário d’Os Incríveis, naquela época.

Ohio - O segundo momento foi durante a interpretação da balada Baby can i hold you, da americana Tracy Chapman. Sucesso de 1988, que virou clássico, depois que a moça de Ohio, que ganhou quatro Grammies, cantou num programa de TV em homenagem aos 70 anos de Nelson Mandela.

A balada, romanticíssima, fala da tentativa de reconciliação entre um casal (Baby can I hold you tonight/ Querida, posso te abraçar essa noite?), dificultada pela passagem do tempo: Years gone by and still/Words don't come easily (Os anos se passaram e contudo/As palavras não vêm facilmente).

O clima era de pista de dança na área das barracas da praça de Alimentação

As duas canções foram muito aplaudidas, assim como as demais, e o show terminou debaixo de chuva e elogios. Jean Pereira, no entanto, estava satisfeito e disse que tudo correu bem e que não esperava outra coisa da ‘galera’ de Sobradinho.

Baile - Jean Pereira é brasiliense da gema. Nasceu na Asa Sul e, aos oito anos, mudou-se para a Cidade Ocidental-GO, onde, aos 15 anos, aprendeu a tocar violão e a cantar, na Renovação Carismática da Igreja Católica.

Depois, ele passou por bandas, fez carreira solo e cantou em barzinhos, seguindo a escola da noite, por onde anda há 23 anos. Há oito, ele vive apenas da música e interpreta apenas o que lhe toca ao coração.

“Eu faço minhas apresentações na noite como se fossem um baile, onde misturo todos os gêneros musicais. O público gosta e se sente contemplado. Acho que estou no caminho certo. Tanto é que as pessoas gostaram do show de hoje”, afirmou o artista.

O cantor brasilense entende que o Projeto Arte na Praça é uma abertura para os artistas locais e desperta a Cidade para a importância de suas praças. “A praça é lugar bom, de livre acesso e, se tiver arte, se tornará melhor ainda. Daí, a importância deste projeto”.

Sertanejo - Jean observa que, em Sobradinho, há música e músicos em qualquer esquina e o Arte na Praça tem o mérito de reuni-los na Praça das Artes.

Ele afirma que, embora o sertanejo não seja muito a sua ‘praia’, ele vê o crescimento do gênero na Cidade, nas vozes de Paula Oliveira, Arlon Victor, Rafael Marques, Vanessa Porto, Gisele Guedes, entre outros.

Jean Pereira reconhece que, mesmo na praça há 23 anos, ainda não apresentou um trabalho autoral aos seus admiradores. No entanto, ele tem 18 músicas inéditas que poderão ser lançadas, assim que receberem produção adequada.

“O artista tem que ir aonde o povo está. Hoje, o povo está na internet. Por isso, vou usar as plataformas digitais para apresentar meu trabalho, a partir do ano que vem. Mas, também, faço questão de apresentá-lo na Praça das Artes”.

Estamos esperando.


 
 
 

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