ARTE NA PRAÇA2 PP & Matheus fazem chão da Q 8 tremer
- José Edmar Gomes/FS
- 7 de dez. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 21 de out. de 2022
-Quando eu nasci, o médico me deu aquele famoso tapinha; mas, ao invés de chorar, eu cantei. A revelação bem humorada do sertanejo Matheus, após o show na Praça das Artes, no sábado, 1º de dezembro, revela a relação, digamos, simbiótica que a dupla que ele compõe com Pedro Paulo mantém com a música.
Atração principal do segundo evento da segunda fase do Projeto Arte na Praça, os goianos/ sobradinhenses, que já ganharam o DF e o Brasil, mostraram a todos o que é popularidade e simplicidade.

Pedro Paulo e Matheus cantam, na Praça das Artes, com a convidada especial, Amélia Pinheiro
Demonstrando enorme prazer de estar em Sobradinho, os intérpretes do hit Saudade faziam questão de posar para fotos, selfies e abraçar amigos e fãs, que se aproximavam. Eles chegaram adiantados à Praça e ficaram cerca de uma hora atendendo a quem se aproximava do camarim improvisado atrás do palco.
Ao subir ao palco do teatro de arena, após o show de abertura de Lincoln, a Praça das Artes já estava tomada por uma multidão animada, que lotava a praça da alimentação e imediações. A dupla atacou logo de Saudade e, aos primeiros acordes do hit, já tinha garotas e senhoras gritando e chorando. Uma loucura!

Vista geral da Praça, que estava superlotada na noite de sábado, 1º de dezembro de 2018
Após interpretarem o grande sucesso, PP convidou as pessoas para ocupar a área entre as arquibancadas e o palco, proporcionando uma verdadeira interação entre artistas e público.
A essa altura, a praça já estava mais lotada ainda e não parava de chegar gente, até que ficou difícil circular pelas arquibancadas e pela praça de alimentação. Enquanto isso, a dupla desfilava os sucessos dos seus cinco CDs.

O público se aperta em frente ao palco pra se aproximar da dupla
Logo depois, veio uma seleção de música de raiz, que incluía Saudade de minha terra ( Goiá) – gravada por pela dupla Belmonte & Amaraí, em 1966 e Telefone mudo(Peão Carreiro) sucesso do Trio Para da Dura de 1983.
Muitas fãs pareciam não acreditar, mas estavam bem pertinho dos seus ídolos, que não lhes negaram abraços, beijos e fotos. “Eu nunca pensei que eles fossem tão legais”, disse uma moça, chorando, pra amiga.


Pedro Paulo & Matheus no palco da Praça das Artes da Quadra 8 de Sobradinho
O jovem empresário Cleomar Militão e a namorada subiram ao palco e conseguiram uma bela foto com a dupla e saíram dizendo que iam enviá-la pra toda a família. Aqui e na Paraíba. Maria Aparecida Silva, que mora em Sobradinho II, diz que tem todos os discos da dupla e nunca pensou que ia chegar perto deles. “Quase desmaiei. Tô tremendo até agora”, contou.
O que já estava bom, ficou melhor ainda, quando PP convidou Amélia Pinheiro para cantar como eles. “Ela é um grande talento que temos em Sobradinho”, disse ele. E os três emendaram Chão de giz, de Zé Ramalho.

A área da praça da alimentação também ficou superlotada

A dupla em momento de descontração, com amigos, antes do show
De fato, o batidão de PP & Matheus fez o chão da Praça das Artes Tremer e a Quadra 8, tão cedo, não vai se esquecer do dia que a dupla cantou: Ai eu choro, choro, sofro, sofro e choro/Morro de saudade com vontade de te ver, ao vivo. Já estamos todos com saudades...
LINCOLN JUNIOR
Arte na Praça deve ser
Atividade permanente

Lincoln Junior: O Projeto Arte na Praça foi a melhor oportunidade que surgiu para os músicos de Sobradinho
O sertanejo Lincoln Junior, que nasceu no Guará, mas mora em Sobradinho desde os seis anos de idade, não sabe bem quando e porque se envolveu com a música. O que ele tem certeza é que gosta do gênero sertanejo, assim como grande parte dos habitantes do DF.
“O gênero ocupa espaço muito grande na capital e eu me enveredei por este caminho, certamente, por influência dos meus pais que são do interior de Minas e Goiás”, explica o artista que tem 33 anos e abriu a parte musical do Projeto Arte na Praça, no sábado 1º de dezembro.

O mestre de cerimônias, Rodrigo Locutor, entre amigos
Mesclando o repertório entre sucessos atuais e músicas de raiz, ele diz que sua agenda tem crescido e já faz três shows por semana.
O artista ainda não tem trabalho próprio, mas está se preparando para isso, inspirado em Almir Satler, Sérgio Reis e Renato Teixeira, suas referências musicais clássicas; assim como em João Carreiro e Jads & Jadson, as referências artísticas atuais.
Para Lincoln, a o Projeto Arte na Praça foi a melhor oportunidade que surgiu para os músicos de Sobradinho, pois traz visibilidade a quem não era conhecido.
“Não tenho palavras para descrever a importância deste projeto. Só sei que ele deve ser uma ação permanente na cidade”, encerra o sertanejo que já pensa em lançar um CD com trabalhos autorais, ano que vem. (José Edmar Gomes)
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