ARTE NA PRAÇA Rigo Nunes faz show dançante e versátil
- Edmar Gomes
- 11 de jan. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de out. de 2022

O cantor Rigo Nunes se apresenta no palco principal do Arte na Praça, no show de despedia de 2018
Dois mil e dezessete acabou e a boa notícia para comerciantes, feirantes, estudantes e artistas foi que o Projeto Arte na Praça foi renovado, através de gestões do administrador regional, Valter Soares Leite. O que quer dizer que Sobradinho terá arte e alegria ao longo de todo o ano que se inicia.
E, para comemorar a boa nova, nada melhor que um animado show de MPB, incluindo axé, rock, reggae, forró, frevo e samba. Foi assim que o ano terminou na Praça das Artes.
Rigo Nunes, o cantor que tem mostrado excelentes performances, principalmente em apresentações nos blocos de carnaval, no Plano Piloto, não deixou por menos e encheu a praça de alegria com seu show de ritmos variados.
Ele iniciou seu espetáculo literalmente abrindo a porta da alegria ao interpretar Abri a porta, belíssima canção de Dominguinhos, imortalizada em ritmo de reggae pelo grupo baiano A Cor do som.
Em seguida, o cantor sobradinhense atacou de Veja (Margaria), toada do taperoaense Vital Farias, que projetou Elba Ramalho, lá pelos meados dos anos 80 que tem versos muito apropriados para os dias atuais:
Veja meu bem, gasolina vai subir de preço/ (...)/ Ou é o começo do fim ou é o fim... Duas verdades inegáveis. Afinal, o gás nosso de cada dia sobe todo dia e 2017 estava acabando naquele dia 30 de dezembro. Cabra esperto esse Rigo Nunes.

João Dutra e outros artistas prestigiam o show de Rigo Nunes
A partir daí, o show voltou ainda mais ao passado, mas com uma roupagem muito presente e sempre dançante: Rigo invocou Tim Maia e atacou de Imunização racional (Que beleza), relembrou Amor perfeito e Eu te amo, eu te amo, eu te amo, do Rei e foi fundo em Vingança, de Lupicínio Rodrigues.
Demonstrando uma versatilidade impressionante, o intérprete avançou para Oh, Carol, (um pop dançante, composto em 1958 por Neil Sedaka, para a musa Carole King); Rapte-me camaleoa, de Caetano; Tudo azul, do mestre Lulu Santos e chegou ao xote transcendental do pernambucano encantado, Accioly Neto, A natureza das coisas: “Se avexe não/Que a burrinha da felicidade/Nunca se atrasa/Se avexe não/Amanhã ela para na porta/Da sua casa”. Que o digam os ganhadores da megassena da virada.
E o show prosseguiu, cada vez, mais quente. Teve rock, forró e até frevo, mas terminou com uma bela seleção de sambas-enredo e com todo mundo dançando e cantando. E viva 2018!
Carlos César & Carlinhos - Mas a noite ainda prosseguiu com mais um show sensacional. A dupla Carlos César & Carlinhos novamente assumiu a festa, em frente às barracas da praça da alimentação, e surpreendeu a todos pela elegante performance no palco e pela afinação de suas vozes.
Os irmãos possuem um timbre vocal muito próximo a Chrystian & Ralf e não fica a dever nada aos goianos, intérpretes de Nova York. Eles são mineiros e, por incrível que pareça, não se conheciam até a idade adulta, devido a separação de famílias. Mas, quando se encontraram, formaram uma dupla caipira, tornando realidade, inda que às avessas, a lenda goiana. (Texto e fotos: José Edmar Gomes)
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