ARTE NA PRAÇA Alex Paz faz show de padrão internacional no Arte na Praça

O maestro Alex Paz interpreta repertório internacional no show do Arte na Praça

A tarde de 4 de novembro já começou diferenciada na Praça das Artes com movimentação surpreendente nas oficinas, que melhoraram muito a frequência em relação aos sábados anteriores. As barracas de hortifrútis e da praça da alimentação também experimentaram um movimentação maior, desde cedo.

O clima estava muito positivo e até a chuva, que ameaçava desabar e tornar a noite sem brilho, mudou de ideia e permitiu que as dançarinas da Academia Wanja Mota abrissem a parte artística da 11ª edição do Projeto Arte na Praça com um belíssimo número de jazz, que arrancou aplausos e despertou o interesse de dezenas de fotógrafos que disputavam as imagem das belas dançarinas.

As dançarinas da Academia Wanja Mota fizeram bonito na praça

Em seguida, o maestro Alex Paz, acompanhado por uma majestosa banda, galgou o palco principal da praça e apresentou um seletíssimo repertório de clássicos musicais que emocionou o enorme público e mostrou que estávamos diante de um espetáculo de padrão internacional à altura do que se faz de melhor em qualquer lugar do mundo.

Sucessos como La Golondrina, canção emblemática da América Latina, composta pelo médico mexicano, Narciso Serradell Sevilla, que teve inúmeras gravações pelo mundo, inclusive dos grandes tenores e de Elvis Presley.

As oficinas de todas as modalidades foram concorridas

Ou My Way (Comme d'habitude), de autoria do cantor e compositor francês Claude François, eternizada na voz de Frank Sinatra e regravada por inúmeros artistas latinos, sob o título de A Mi Manera.

Canções como estas compuseram um mosaico universal do que melhor se pode ouvir, em se tratando de música pop e tradicional.

Tudo isso foi magistralmente executado pelos sopros da flauta pan de Alex Paz e pelos teclados de Hélio Mendes, outro maestro que também sabe tirar notas mágicas dos instrumentos, acompanhados pelos excelentes músicos Gean Carlos (baixo), Simão Santos (guitarra), Yago (bateria) e um naipe de sopros de alto padrão.

O público chegou cedo para assistir ao show dos maestros

Como se não bastasse toda a competência da banda, os convidados também eram de altíssimo padrão e cada um deu seu show à parte, de sorte que os presentes foram premiados com vários shows na mesma noite.

O primeiro convidado, Beto Gonzales, outro virtuoso da acordeona, brindou o público com clássicos do cancioneiro popular da qualidade de Cuitelinho, que, embora todos o tomem como um clássico da música caipira paulista, tem origem no folclore do pantanal mato-grossense e ganhou popularidade através de Paulo Vanzolini.

O cantor Beto Gonzales foi um dos artistas convidados que deram seu show

Nas sequência dos shows dos convidados, vieram o seresteiro Carlos Ramos, que interpretou Maria Betânia, valsa composta em 1943 pelo pernambucano Capiba ; Rosemaria, com seus clássicos do samba; Gessé Lima, “arrebentando” nas canções de Djavan e Rigo Nunes, cheio de bossa, interpretando Garota de Ipanema em inglês. E assim terminou em arte, mais um sábado-show no palco principal do Projeto Arte na Praça.

João Dutra – João Dutra, violonista e cantor muito querido na cidade, novamente fez a diferença na noite do Arte na Praça. Com o seu banquinho, seu violão, ele se posicionou em frente à praça da alimentação e proporcionou momentos mágicos ao interpretar uma seleção de canções do maior bom gosto.

Desta vez, ele trouxe um convidado ilustre, seu filho, João Vítor, um artista que, embora muito jovem, demonstra amadurecimento e competência dignos dos grandes ídolos da nova MPB e que não demora ter o seu valor reconhecido nacionalmente.

A presença de João Dutra e seus convidados vem transformando a Praça das Artes num ambiente de resgate de reminiscências de tempos atrás, quando Sobradinho tinha vida noturna e social ativa, o que estabelece um clima de nostalgia no local. O cantor e violonista se apresenta todos os sábados e atende a pedidos do público.