PRAÇA DAS ARTES Unieuro e empresa vão revitalizar praça no centro de Sobradinho
- José Edmar Gomes
- 23 de set. de 2017
- 3 min de leitura
Atualizado: 21 de out. de 2022

Alunas da faculdade de arquitetura da Unieuro vão elaborar projetos para revitalização da Praça das Artes Teodoro Freire
A Praça das Artes Teodoro Freire, tradicional logradouro público, que fica na Quadra 8, no centro de Sobradinho, poderá passar por uma total remodelação, que será planejada a partir do resultado de uma pesquisa que está sendo elaborada por estudantes do 5º e 6º semestres de arquitetura da Unieuro.
A praça, que já se chamou Santos Dumont, foi ponto de encontro da juventude nos anos 60, 70 e 80, tinha como vizinho o Cine Alvorada e concentrava em suas imediações, além do comércio da tradicional Quadra 8 (antiga Feirinha), bares lanchonetes e boates, como a famosa Boate do Paulinho.
O local era um centro de convergência urbana, que se enfraqueceu a partir da demolição do cinema e do deslocamento do comércio para a Quadra Central.
Embora tenha abrigado a Feira da Lua, por alguns anos, sido palco para importantes eventos artísticos e, atualmente, receber os eventos do Programa Arte na Praça, a Praça das Artes anda um tanto abandonada - tanto pelo poder público, quanto pela população - que não encontra condições ideais de segurança e iluminação para desfrutar do local como ponto de lazer e de encontro.
Cara de Sobradinho - Mas, segundo Sonídia Maria de Oliveira, uma das alunas coordenadora da pesquisa, estes problemas deverão ser sanados e a praça poderá ter a “cara” de Sobradinho, uma vez que as sugestões dos moradores é que serão levadas em conta.
A ideia de revitalização da antiga Praça Santos Dumont surgiu após um aluno de arquitetura da Unieuro vencer um concurso da faculdade e seu projeto chegar às mãos de um certa empresa, que resolveu investir na ideia, colocando-a em prática em Sobradinho. Antes, porém optou-se por ouvir a população.

O administrador de Sobradinho, Valter Leite, discute o assunto com Sonídia Maria de Oliveira, aluna da Unieuro
Segundo Sonídia, a Unieuro desenvolveu método diferenciado para planejar os espaços urbanos, que privilegia as dimensões, e foi tal método somado ao projeto vencedor do concurso que possibilitaram a empresa, que ela chama de “Paranoazinho”, a contratar a faculdade e seus alunos, que já estão na fase de estágio profissional, para elaborar um projeto de revitalização da Praça das Artes Teodoro Freire.
A iniciativa da “Paranoazinho”, chega num excelente momento, pois soma-se à grande movimentação que o Projeto Arte vem trazendo à praça, justamente, no sentido de recuperá-la e humanizá-la.
Após coligidos os dados da pesquisa, vários grupos de estagiários da Unieuro vão submeter seus projetos à empresa que vai escolher o mais adequado para ser aplicado na praça, considerando o que a maioria da população apontou na pesquisa.
A equipe da Unieuro, que “ocupa” a praça, em parceria com o Projeto Arte na Praça, recebeu o administrador de Sobradinho, no sábado 16 de setembro, Valter Leite, em sua tenda, e o colocou a par do alcance do projeto. Afinal, a AR deve ser a principal parceira desta iniciativa, que foi elogiada por Valter, que, no entanto, que conhecê-la a fundo.
Filmes e feiras - A futura arquiteta Sonídia Maria de Oliveira, falando em seu próprio nome, diz que um projeto para revitalizar uma praça deve considerar a segurança, acessibilidade para pessoas de todas as idades e deficientes e parques onde crianças possam brincar sem se machucar.
No caso da Praça da Artes, a estudante destacou que as pessoas são saudosas do cinema que existia no local, e que o projeto poderá contemplar um galpão para a projeção de filmes e que possa também abrigar as feiras.
Quanto à segurança, a estudante entende a sua importância para a praça, mas, segundo ela, tal responsabilidade deve partir do Estado, embora este item tenha peso fundamental no projeto que privilegia também a iluminação.
Aliás, o item iluminação, para Sonídia, está sendo pensado com muito carinho pelos autores do projeto, que podem propor que a iluminação “desça “ para as proximidade das mesas, bancos, equipamentos, monumentos e alamedas, para que o chão onde as pessoas pisam fique bem claro.
Sonídia afirma que os projetos buscarão, além de conforto e segurança, atrair pessoas para a praça, pois segundo ela, uma praça inerte e sem vida, por si só, contribui para a insegurança. (Reportagens e fotos: José Edmar Gomes)
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