LUCA RODRIGUIS Maior cantor de Sobradinho encanta fãs a cada lançamento
- Jose Edmar Gomes
- 8 de mar. de 2017
- 4 min de leitura
Atualizado: 21 de out. de 2022

Apesar de ser pessoa simples e acessível, ele vive momentos que só os grandes astros experimentam. Foi assim em 2003, quando abriu o show de Zé Ramalho, na Exposição Agropecuária de Brasília e foi aplaudido por uma multidão difícil de contar. O cantor viveu outro momento inesquecível, quando voltou à sua terra natal e foi ovacionado por mais de 30 mil pessoas, no Parque de Exposições de Unaí-MG.
E é assim por onde ele passa. A voz marcante de Luca Rodriguis – algo entre Zé Ramalho e Fagner – hipnotiza plateias, cujos olhos se voltam para o palco - que pode ser de um simples barzinho ou de grande evento – para distinguir um cantor que, mesmo fora da mídia, já alcançou a impressionante vendagem de quase 30 mil cópias dos três primeiros CDs de sua carreira.
Sempre vendidos de mão em mão, nos locais onde ele se apresenta, os discos se esgotam rapidamente, sendo necessárias novas prensagens para atender seus fãs, que sempre lotam os shows do cantor mais popular da cidade.
Nascido em Unaí-MG , onde viveu até os 17 anos, seu primeiro contato com a música foi na folia de reis. Ele apreciava o toque das violas e batuque das caixas, da garupa do cavalo do pai, que acompanhava os folguedos, na zona rural. Foi mesmo o pai que, vendo interesse do filho pela música, o presenteou com um violão.
Mais tarde, na romaria do Boqueirão, ele viu um conjunto se apresentando e decidiu que seria um cantor. Desde aquela época, não largou mais o violão e já dominava um repertório de bom gosto, que incluía a música Solidão, de Alceu Valença, a primeira que aprendeu no instrumento.
Sempre perseguindo seu sonho de artista, Luca mudou-se para Buritis, onde morou até 1993, transferindo-se para Uberlândia – a “Capital” do Triângulo Mineiro – onde passou a cantar na noite, a preço de minguados R$ 50,00.
Sobradinho
Seus pais e seus irmãos, nesta época, já moravam em Sobradinho e, quando ele veio visitá-los, um dos manos o apresentou ao Getúlio Carne de Sol. Ele deu uma canja e o pessoal da Feira Modelo se encantou com seu estilo.
Resultado: contrato imediato a R$ 200 por show, quatro vezes mais do que ele ganhava em Uberlândia. Assim, Sobradinho ganhou um dos seus artistas mais queridos, que gravou em homenagem à cidade a canção do mesmo nome, de Sá, Rodrix e Guarabira, um tremendo sucesso nas noitadas locais.
Do Getúlio, Luca foi para o Bar dos Pescadores, concorrido espaço noturno da Quadra 4, onde permaneceu por dois anos, Depois para o Cervejão da Quadra 1 e dali para as demais casas noturnas da cidade e do Distrito Federal, sempre com grande acolhida do público.
Primeiro CD – Em uma de suas apresentações no Nana Claudinho, na Quadra 8, Luca Rodriguis foi ouvido pelo maestro Alex Paz, proprietário do Estúdio América, que imediatamente o convidou para gravar um CD-demonstração, que acabou contendo 11 faixas. Entre elas a canção Espumas ao Vento, de Accioly Neto, que explodiu no Distrito Federal e arredores.
“Espumas ao Vento é a música da minha vida. Foi esta canção que me fez acreditar que eu tinha potencial e, até hoje, eu vejo a emoção do público quando eu a interpreto”, revela Luca.
Além de Espumas, este primeiro CD - denominado Luca Rodriguis ao Vivo que tem a participação de violonista e cantor, André da Matta – traz Romaria, de Renato Teixeira ; Tocando em Frente, de Renato Teixeira/Almir Satler e La Belle de Jour, de Alceu Valença. O trabalho, gravado despretensiosamente, segundo Luca, foi um sucesso estrondoso e vende até hoje, tendo alcançado a marca de 17 mil cópias.
Coisas de Brasília
O segundo CD da carreira de Luca, lançado em 2003, traz a música Coisas de Brasília, do compositor sobradinhense, Marcos Vinicius, como carro-chefe. Mas registra, também, alguns standards da MPB, como Retrovisor, de Raimundo Fagner e Fausto Nilo; Sobradinho, de Sá, Rodix e Guarabira; Preta Pretinha , de Luiz Galvão e Moraes Moreira; e Andança, de Paulinho Tapajós, Edmundo Souto e Danilo Caymmi; entre outras.
“Este trabalho, ao contrário do primeiro CD só com voz e violão, é mais elaborado, com mais instrumentação e, partir dele, fiz vários shows em Minas Gerias, Bahia e no Distrito Federal”, explica o cantor observando que, apesar da produção, o CD não alcançou a vendagem do primeiro. Segundo Luca, Coisas de Brasília vendeu cerca de 5 mil cópias. O que ainda é um número alto, em se tratando de trabalho independente.
Apesar, da vendagem modesta, na opinião do cantor, este CD abriu novos espaços a Luca Rodriguis que, inclusive, abriu o show de Zé Ramalho, na agropecuária da Granja do Torto, em 2003, e lhe rendeu também apresentação em Unaí, para um público de 30 mil pessoas, além de outras cidades do Noroeste de Minas.
Perfil
Em 2008, Luca Rodriguis foi convidado pelo maestro Alex Paz para gravar o CD-Perfil, no Stúdio América, com os principais destaques dos anteriores. Neste trabalho, foi incluída a música Onde Deus possa me ouvir, do cantor e compositor mineiro Vander Lee, falecido precocemente em 2016, que alcançou tremendo sucesso na voz de Luca e, segundo o cantor, já vendeu acima de 6 mil cópias.
Atualmente, está no mercado o MP3 com todas as músicas de Luca Rodriguis, gravado em setembro, e lançado em concorrido show-baile, no Ginásio de Múltiplas Funções, em Planaltina.
O último disco de Luca Rodriguis, Amor e Natureza - está no mercado há alguns anos e seus fãs esperam ansiosamente por um novo lançamento.
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